A 50 dias do Natal, as contratações temporárias para as vendas de final de ano no comércio pelotense estão em ritmo lento. Segundo levantamento do Sindicato do Comércio Varejista (Sindilojas), apenas 20 vagas a mais foram informadas pelos associados em relação aos dados anteriores. Segundo o presidente Renzo Antonioli, estão em 440 os empregos temporários oferecidos até o momento - pouco acima dos 420 do ano passado.

Deste total, apenas 50% dos funcionários temporários estão contratados, mas nem todos estão trabalhando. Algumas empresas anteciparam estas contratações, diante de um quadro deficitário que era mantido, e outras adiaram, para avaliar esta necessidade diante das vendas aquém do esperado - com vários meses abaixo de 2022.

Otimista, Antonioli lembra que agora vêm os melhores meses de negócios do ano e para isso, os lojistas estão se preparando com estoques maiores - mesmo nas confecções, que tiveram as quedas de vendas mais acentuadas. Para fazer frente à procura maior de produtos pelos clientes, são lojistas que usam capital próprio e linhas de crédito para se manterem no mercado neste final do ano.

O gerente Itamar Vaz, da filial de uma rede de eletrodomésticos e eletroeletrônicos, conta que ainda não recebeu qualquer informação sobre contratações para o período de final de ano. “Fizemos reposição no ano passado para crediário, estoque e vendas”, explica, lembrando que ela ocorreu após a pandemia da Covid-19. A também gerente Bruna Rosa diz que na loja de acessórios o assunto ainda não foi tratado.

Mas quem foi efetivado no ano passado comemora. Eliara Brisolara, de 41 anos, do Fragata, entrou como temporária na função de consultora de cartão e hoje está efetivada como caixa na loja de confecções, onde o gerente Bruno Barcellos adianta que mais 35% do quadro de funcionários já foi admitido e a maioria deve ficar.